Dia do Capoeirista: professor usa a arte para transformar vidas em projeto social em MG

  • 03/08/2025
(Foto: Reprodução)
Projeto social reúne crianças, jovens e adultos em aulas voluntárias de capoeira em Pará de Minas Nélio Roberto/Arquivo Pessoal Neste domingo (3) é celebrado o Dia do Capoeirista, data que homenageia a capoeira — expressão cultural brasileira nascida da resistência do povo negro. Em Pará de Minas, no Centro-Oeste de Minas, quem representa essa força é Nélio Roberto, de 43 anos. Casado, pai de dois filhos e conhecido como “Pagodeiro” na comunidade, ele carrega mais de duas décadas de dedicação à arte. "Comecei a capoeira nos anos de 1999 e 2000, por meio de amigos do dia a dia. Estava afim de praticar algum esporte, já mexia com bola, vôlei, essas coisas... Aí fui conhecer a capoeira e, a partir disso, iniciei meus treinos e nunca mais parei", contou. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste de Minas no WhatsApp O impacto social da capoeira na vida de Nélio se reflete em projetos que ele ajudou a criar e conduzir. O primeiro começou em 2008, no bairro Recanto da Lagoa, em um espaço conhecido como “restaurante da criança”, ou restaurante da Dona Fia. Na época, o projeto começou com 10 a 15 alunos e chegou a atender até 120 crianças e adolescentes, muitas delas em situação de vulnerabilidade social. "A gente trabalhou com várias idades, várias pessoas de risco social, pessoas socialmente diferentes", explicou Nélio, reforçando a necessidade de um projeto que acolha crianças e adolescentes até adultos e idosos. Por motivos profissionais, Nélio precisou interromper temporariamente as aulas, mas seguiu praticando capoeira. Em 2015, veio um novo convite: o presidente do clube Praça de Esportes de Pará de Minas propôs retomar as atividades, e assim nasceu o projeto Capoeira na Praça. Inicialmente restrito aos sócios do clube, o projeto logo se abriu para a comunidade. Hoje, é uma iniciativa voluntária de inclusão social, que completa 10 anos em 2025. Atualmente, o grupo atende cerca de 70 pessoas, com idades entre cinco e 65 anos. “Esse projeto foi crescendo e evoluindo. Tenho alunos desde o começo, e até alunos que eram do meu antigo projeto, de 2008, voltaram a treinar comigo”, acrescentou. Alunos se reúnem em roda de capoeira durante atividade Nélio Roberto/Arquivo Pessoal Um diferencial marcante do projeto é a forte presença de mulheres e famílias inteiras. “Tem muita mulher, muita criança e muita família. Os pais trazem os filhos para conhecer a capoeira e acabam treinando junto. Então, tenho uma turma bem diferente do que se vê em outros projetos”, explicou. Para Nélio, o Dia do Capoeirista é um lembrete da essência e da resistência que a arte carrega. “O capoeirista, como o negro, ainda sofre preconceitos que talvez um professor de outra arte marcial não sofra. A capoeira já vem com essa carga de resistência. Por isso é importante ter um dia que lembre essa luta". A mensagem que ele deixa para a data é de incentivo à arte, ao esporte e à convivência. “Conheçam a capoeira, que é uma arte que engloba muitas outras. Incentivem seus filhos a praticar, que isso traz muitos benefícios para a vida. E não só a capoeira: tirem as crianças das telas e levem para o esporte, seja qual for. O esporte salva vidas", finalizou. Nélio Roberto durante participação em evento de capoeira Nélio Roberto/Arquivo Pessoal *Estagiária sob supervisão de Mariana Dias VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2025/08/03/dia-do-capoeirista-professor-usa-a-arte-para-transformar-vidas-em-projeto-social-em-mg.ghtml


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