Desinteresse e baixa procura para adotar: como estão animais em abrigos resgatados da enchente no RS um ano depois

  • 21/04/2025
(Foto: Reprodução)
Mais de 20 mil animais foram resgatados durante o período crítico da enchente. Apoio e adoções reduziram, e agora voluntários veem mobilização reduzir. 1 ano depois de resgates na enchente, muitos animais seguem à espera de um lar  Após a enchente, protetores de animais avaliam que o trabalho de acolhimento dos pets perdeu a visibilidade e as dificuldades, que já vinham de antes, se instauraram mais uma vez. Agora, em números maiores. Contexto: o estado foi atingido por uma enchente histórica em maio de 2024, que provocou danos em quase todos os municípios, devastou cidades da Região Metropolitana e Vale do Taquari, retirou milhares de casa e deixou 183 mortos, além de 27 desaparecidos. De todo o país, voluntários e doadores se mobilizaram para prestar ajuda aos atingidos. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Abrigos de cidades atingidas pela enchente ainda têm cães e gatos resgatados. Em Porto Alegre, a prefeitura conta com quatro locais, totalizando quase 500 animais que ainda aguardam adoção. Segundo a prefeitura, a capital chegou a ter cerca de 40 abrigos conveniados, mantidos por voluntários com suporte técnico e recursos financeiros da prefeitura e 2,9 mil animais. "Os resgates sensibilizaram grande parte da população. Hoje, o desafio são as adoções de animais adultos, dos idosos, dos portadores de alguma deficiência e dos cães de médio e grande porte", explica a prefeitura, em nota enviada ao g1. A desmobilização do "pós-enchente" e a baixa procura para adoção e doações preocupam autoridades. Deise Falci, protetora e voluntária há mais de 17 anos, conta que, na enchente, o número de pessoas que ajudavam com os custos dos resgates, por exemplo, aumentou. Passado o período crítico da enchente, os envolvidos no trabalho viram esse apoio diminuir. "A gente pôde ter uma estrutura boa pra acolher esses animais que chegaram da enchente, mas ficou o caos agora, porque as pessoas esquecem da enchente, mas a gente não pode esquecer. A gente continua vivendo essa enchente que pra muitos acabou", afirma Deise. Outro fator que preocupa os voluntários é a preferência de adotantes por animais de raça. Uma pesquisa da Quaest em parceria com a empresa PetLove indicou que 32% dos cachorros e 52% dos gatos com dono no Brasil são Sem Raça Definida (SRD) — ou vira-latas. Dificuldade enfrentada pelos abrigos com animais da enchente. "A gente fez resgate de cão de raça, de canil clandestino de maus-tratos e praticamente apareceu adotantes pra todos eles rapidamente. E esses animais da enchente estão há dez, onze meses ainda esperando porque são vira-latas", conta Deise. Um ano após a tragédia, a RBS TV apresenta o RBS.Doc sobre a tragédia. A reportagem conversou com pessoas afetadas, voluntários, moradores que perderam tudo e familiares de vítimas. Nos locais atingidos, encontrou exemplos de solidariedade e união, que fizeram com que o estado se reerguesse após a devastação. Deise Falci é uma das voluntárias que resgatou animais na enchente Reprodução/RBSTV Mais de 20 mil animais resgatados Em todo o período da enchente, no mês de maio, foram 20 mil animais em abrigos, segundo o Governo do RS. Em agosto de 2024, o governo anunciou um programa para a adoção desses animais. Foi criada uma plataforma com informações para quem deseja adotar um animal resgatado da enchente. Foram R$ 7,2 milhões destinados aos 95 municípios em situação de calamidade por conta das cheias. Do total, R$ 5,6 milhões foram para um auxílio mensal para as prefeituras no valor de R$ 188,85 por animal abrigado ou acolhido — para alimentação, cuidados veterinários e insumos. Como adotar? Na plataforma criada pelo governo estão as informações. Quem mora no RS pode fazer a escolha e se dirigir até o abrigo. Já para moradores dos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, o animal é transportado até as cidades de Florianópolis, Curitiba e Cotia. Moradores saem de casa com seus animais, fugindo da enchente em Pelotas. TV Globo/Reprodução Governo do Estado anuncia novas medidas para atender animais atingidos pela enchente VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/1-ano-de-enchente-rs/noticia/2025/04/21/desinteresse-e-baixa-procura-para-adotar-como-estao-animais-em-abrigos-resgatados-da-enchente-no-rs-um-ano-depois.ghtml


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