Zema diz que Controladoria de MG já suspeitava de ilegalidade na mineração e que espera 'punição exemplar' a envolvidos

  • 18/09/2025
(Foto: Reprodução)
Entenda como funcionava esquema de corrupção no setor de mineração O governador Romeu Zema (Novo) comentou a operação da Polícia Federal que revelou um sofisticado esquema de corrupção ligado ao setor de mineração em Minas Gerais. Durante entrevista nesta quinta-feira (18), ele disse que a Controladoria Geral do Estado (CGE) já suspeitava da organização criminosa e que espera uma "punição exemplar" aos envolvidos. "Estamos dando todo apoio às investigações. Já havia suspeita por parte da Controladoria Geral do Estado, que já estava fazendo diversas averiguações. E eu espero que haja uma punição exemplar para aqueles que realmente estejam envolvidos em qualquer ato ilegal", afirmou. As falas do chefe do Executivo mineiro ocorreram após o leilão de concessão da BR-356, na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. "É um absurdo usar a estrutura do estado em benefício pessoal para poder ter algum tipo de ganho financeiro, algo que eu pessoalmente abomino e combato arduamente", completou Zema. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Zema em entrevista na B3, em São Paulo, nesta quinta-feira (18) Segov/Divulgação Operação Rejeito A Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (17), revelou um sofisticado esquema de corrupção ligado ao setor de mineração em Minas Gerais. Segundo as apurações, empresários, políticos e servidores públicos faziam parte de uma organização criminosa estruturada em diferentes frentes de atuação. Eles são suspeitos de crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, crimes ambientais e contra a ordem econômica. Entenda, abaixo, como funcionava o esquema: Separação por núcleos O esquema tinha como principal objetivo liberar licenças de forma irregular e beneficiar mineradoras ligadas ao grupo. A organização também teria se apropriado de rejeitos da Vale, avaliados em mais de R$ 200 milhões, e movimentado recursos por meio de dezenas de empresas de fachada. QUEM SÃO: veja perfil dos alvos AÇÕES DO GOVERNO: servidores foram exonerados Para garantir os resultados, os investigados se dividiram em núcleos, com papéis específicos: Articulação: responsáveis por aproximar empresários e órgãos públicos para destravar processos; Jurídico: advogados e consultores elaboravam contratos, pareceres e pedidos de defesa; Financeiro: controlava planilhas, contas de laranjas e o pagamento de propinas; Gerencial e ambiental: mantinha contato com órgãos ambientais e assinava termos para facilitar liberações; Servidores públicos: aceleravam autorizações e desconsideravam pareceres técnicos em troca de vantagens financeiras. Exemplos de fraudes Um caso citado pela investigação envolve a mineradora Gute Sicht, que obteve licença de exploração em tempo recorde, liberada no Natal de 2022, mesmo com pareceres da Advocacia-Geral da União (AGU) apontando irregularidades. Outro exemplo é da Aiga Mineração S.A., que teria se apropriado indevidamente de uma pilha de rejeitos da Vale, avaliada em R$ 200 milhões. A operação revelou, também, decisões da Agência Nacional de Mineração (ANM) que contrariaram pareceres técnicos. Há indícios de que R$ 2,7 milhões em propina foram pagos diretamente a um dos diretores da agência. Movimentação de dinheiro Para sustentar o esquema, ao menos 42 empresas de fachada foram abertas. Elas serviam para repassar propinas, movimentar recursos e dar aparência de legalidade às operações. A PF identificou várias camadas de empresas sobrepostas, justamente para dificultar o rastreamento da origem do dinheiro. Interferência política O grupo também teria atuado para barrar projetos de criação de áreas de preservação na Serra do Curral, em Belo Horizonte. Segundo a PF, havia interesse em evitar restrições ambientais que inviabilizariam empreendimentos de mineração ligados ao grupo. Quem são os principais investigados Entre os nomes citados estão: O empresário Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como líder da organização. O ex-deputado estadual João Alberto Paixão Lages, descrito como sócio oculto e articulador político. Servidores de órgãos ambientais e diretores da ANM, suspeitos de facilitar liberações mediante pagamento de propinas. O g1 e a TV Globo tentam contato com a defesa dos alvos da investigação. A ANM informou que tomou conhecimento, pela imprensa, de operação da Polícia Federal. "Até o momento, não houve comunicação oficial à Agência sobre eventuais medidas envolvendo servidores ou dirigentes. A ANM reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e a colaboração com as autoridades, sempre que formalmente demandada, observando o devido processo legal e a continuidade dos serviços regulatórios", afirmou a agência. A 3ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte determinou prisões preventivas, afastamento de servidores, bloqueio de bens, suspensão de atividades das 42 empresas investigadas e cumprimento de mandados de busca e apreensão, cumpridos nesta quarta-feira. Alan Cavalcante do Nascimento, Caio Mario Seabra e João Alberto Paixão Lages - alvos da operação que mira fraude no setor de mineração Reprodução Fiscalização da Semad flagrou caminhões com minério em área de lavra irregular da Gute Sicht em 2023. Robson Santos/Semad/Divulgação Infográfico - Operação Rejeito, da Polícia Federal, revelou esquema de mineração ilegal em MG Arte/g1 Vídeos mais assistidos do g1 MG

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/09/18/zema-diz-que-controladoria-de-mg-ja-suspeitava-de-ilegalidade-na-mineracao-e-que-espera-punicao-exemplar-a-envolvidos.ghtml


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